O mundo não me deve nada.
Na
verdade, ninguém me deve nada.
(Ok,
meus pais me devem certas condições, por terem me colocado no mundo, mas isso é
um processo natural, não algo que eu cobre deles. Talvez nem devam mais, já
estou velha para isso.)
E
ninguém te deve nada. No máximo, respeito, mas ninguém vai te dar aquilo que
você quer simplesmente porque você quer.
Isso é
até meio óbvio. Não vai surgir uma pessoa aleatória que realize os seus sonhos
para você, mas a gente também não pode querer cobrar do acaso/Universo/Deus
(chame do que quiser).
Parece
meio injusto que algumas pessoas consigam conquistar o que tanto almejam e
outras não. Ninguém fica mais frustrada quanto eu em relação a isso, acredite,
mas tento constantemente me lembrar de que o mundo não gira ao meu redor.
O
texto anterior publicado neste blog falava sobre comparação (“por que ela
conseguiu e eu não?”), e devaneava entre perguntas sem poder dar as respostas. Ainda
não posso. Ainda não descobri os motivos.
Talvez
porque não existam.
Uns
acreditam que tudo está escrito certo (mesmo que por linhas tortas), outros que
a vida não passa de uma obra do acaso. Eu sinceramente nem sei no que acredito,
só estou tentando viver um dia após o outro e fazer o melhor que posso (mesmo
que constantemente desmotivada).
Não
quero mais tentar, porque isso não deu certo, aquilo fracassou e aquela outra
coisa não saiu como planejado. Mas eu tenho escolha? Quem disse que eu tenho
direito de viver como eu gostaria?
Eu
poderia entrar em um debate, ou melhor, em um embate comigo mesma, falando
sobre livre arbítrio e como a gente colhe o que planta, mas já cansei de
discussões internas que não levam a lugar algum.
Eu
queria tanto já estar com a vida resolvida, uma carreira bem-sucedida e em um
relacionamento estável.
Não
estou.
E de
quem é a culpa?
Minha?
Há
certas variáveis sobre as quais não tenho controle.
E quem
sobra?
Os
meus pais? As pessoas em geral? O mundo?
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