Já faz
tempo que tenho escrito coisas que (acho que) fazem sentido.
Tratando
tudo de maneira razoavelmente racional e levantando pontos e argumentos sobre o
que é e o que pode ou não ser.
O
problema é que não sinto isso.
Não
sinto que algo faz sentido ou que possa ou não ser o que quer que seja. E esta
frase não fez o mínimo sentido, o que quer dizer que combina com a bagunça que
é a minha cabeça.
Tento
me organizar e lembrar dos porquês. Mas faço isso por quê?
Não
encontro respostas e fico repetidamente dando voltas e mais voltas nas
lembranças e comparações entre memórias e desejos.
O que
um dia sonhei, me escapou pelos dedos.
O que
um dia temi virou a minha realidade.
Se eu
contasse à pequena Cris o que estamos vivendo hoje, ela ficaria decepcionada.
“Eu
esperava mais de você. Esperava mais de mim. Esperava mais da gente. Ou será
que esperava mais da vida?”
Até
que ponto isso é minha culpa? E até que ponto não é?
Ninguém
vai saber me responder. E eu que sempre disse ser independente mas dependo de
guia por causa de mania de grandeza que virou encolhimento entre as cobertas
que me aquecem agora mesmo não faço ideia do que achar.
Esqueci
de respirar nesta última frase.
Esqueci
de dar uma pausa entre as palavras, mas é assim eu a minha cabeça funciona(va,
hoje simplesmente não funciona de jeito nenhum).
Termino
mais um dia sentindo que fiz menos do que deveria fazer.
Acabo
mais uma jornada incerta sobre meu próprio caminho.
Reflito
sobre o que minha vida virou. O que minha vida virou? Se é que em algum momento
foi outra coisa. Se é que em algum momento eu simplesmente fui... eu?
Amo
abrir parênteses dentro de textos, e o faço na vida também, com adendos e mais
adendos, criando pequenos cenários de mínimas possibilidades que batem à porta
da minha mente.
Parece
que está todo mundo escrevendo livro (eu mesma tenho três guardados que ainda
não foram publicados).
Todo
mundo parece feliz. Todo mundo parece um milhão de coisas, mas não
necessariamente é. Deveriam ser, é apenas a lógica, mas nada faz sentido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário