Escrevendo um texto... sobre a dificuldade de escrever.

Procurando não expor tanto assim a minha intimidade, prefiro não informar quem está lendo do motivo que acredito estar por trás deste bloqueio criativo.

Ok, é verdade que escrevi um livro inteiro no ano passado, mas a arte não tem mais fluido de mim como fluía antigamente.

Se você leu “Cartas a um (des)conhecido” (que inclusive está à venda neste mesmo site), sabe que tenho sempre guardado em minha primeira gaveta um caderninho, no qual deposito meus versos, sejam eles musicais ou de poesia, e relatos sobre dias que sinto que preciso falar, angústias e etc.

O problema é que o caderninho que está na minha primeira gaveta está em branco no momento, e já faz um bom tempo.

Ok que eu tenho vários caderninhos cheios de outras produções e há repertório para mais uns três livros de poesia lá (além de ideias guardadas para livros em prosa), mas coisas novas, atuais, não estão acontecendo.

Nunca fui de forçar a minha produção, e detestava quando tinha de fazê-lo, normalmente não ficando feliz com o resultado. As minhas músicas e poesias saíam do meu coração e batiam à porta de minha cabeça, que comunicava à minha mão que era hora de pegar uma caneta e anotar.

Nada parnasiana, totalmente emotiva.

Hoje em dia, escrevo várias pequenas poesias para serem postadas em meu perfil do Instagram (inclusive, me siga lá, é @criscasagrandebooks), e acho que tenho canalizado minhas emoções o suficiente nisto, porque outras manifestações artísticas estão em falta.

Não faltam músicas para gravar um dia, também tenho dezenas delas guardadas (umas melhores que outras), mas, até para alimentar este site encontro uma certa dificuldade, buscando inspirações para passar para o teclado do computador, seja em situações antigas que vivi, ou sentimentos que ainda rodeiam meu coração.

Acho que estou redescobrindo minha personalidade, e quem sabe meu lado artístico não tenha decidido hibernar por um tempo? Pode ser que volte em algum ponto, mas agora, o meu máximo tem sido muito pouco. O meu medo é que esta parte de mim tenha ido embora para sempre, pois eu gostava muito dela.

Não canto como cantava antigamente, não toco mais e escrevo pouco... pelo menos ainda danço.

Aqui peço novamente a Apolo que preencha meus caderninhos com mais poesias, porque estou precisando de ajuda, mas também peço a mim mesma que aprenda a aceitar o que venho me tornado, não fazendo disso um momento de destruição, mas sim de redescobrimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário