Vi um vídeo de uma psiquiatra falando sobre como os animais podem nos ensinar com sua simples alegria de viver, coisa que nós perdemos.

Lembro-me de quando eu fazia aulas de yoga e a professora disse que a companhia de cachorros fazia muito bem, o movimento do rabo deles afastando as energias ruins.

Quando saio passear com a minha cachorra, percebo os comportamentos instintivos dela, de farejar e se interessar por cada centímetro que percorremos, além de demonstrar sua alegria com a cauda balançante, e olha... acho que a psiquiatra está certíssima.

Eu não vejo mais graça em praticamente nada, e é muito difícil algo aguçar a minha curiosidade, e minha alegria boba vem somente quando estou escutando músicas no carro, o que é um evento isolado no meu cotidiano, fazendo com que o prazer de viver se afaste cada vez mais de mim.

Talvez eu devesse me inspirar mais na Jasmim, e valorizar cada momento que vivo, inclusive a minha alimentação (pois ela faz uma festa toda vez que vai comer).

É verdade que minha cachorra está manca e dorme bastante, mas ela não precisa ser meu exemplo em tudo.

O importante é recuperar aquele lado “animalesco” que sabe apreciar a vida apenas pelo que ela é, sentindo o cheiro da grama verdinha do parque, o solo sob os pés que usamos para trilhar nossos caminhos e fazer uma festa perante qualquer estímulo que pareça minimamente interessante (mas pode ser interna, não precisamos ficar pulando por aí na frente dos outros).

O problema é que isso me parece bastante difícil. Presos em nossas rotinas e expectativas, fica difícil apreciar um passeio em um dia bonito, e mais ainda uma refeição, ainda mais quando não é um hambúrguer com batata frita (apesar de Jasmim comer uma ração para cães com tendência à obesidade e mesmo assim ficar feliz).

Como vou conseguir resgatar essa coisa que animais e crianças são capazes de demonstrar tão facilmente? Não sou um cachorro e já deixei de ser criança faz tempo.

O fato é que esta alegria infantil é preciosa, e precisamos encontrá-la dentro de nós, pois os estímulos estão ali, mas é a nossa reação que mudará a nossa realidade.

Vou colocar isso como meta para a próxima semana, e te convido a fazer o mesmo, valorizando cada coisinha como se fosse um espetáculo.

Será que vamos conseguir?

Esquecemo-nos de como é ser assim, mas apenas desta forma conseguiremos ser felizes da forma mais genuína e pura possível.

Tentemos

Nenhum comentário:

Postar um comentário