Eu canto nesse canto em que me encanto

        No último texto postado aqui neste site eu comentei sobre o fato de amar saber a história por trás das poesias e músicas, então hoje decidi contar de onde veio a letra de minha música “Canto” (disponível no YouTube e em todas as plataformas digitais).

        A canção começa assim: “Eu canto nesse canto em que me encanto, eu sempre cantei” e eu não tenho muito a falar disso, a mensagem é basicamente o que fala, assim como em “E assim com o que eu gosto eu me mostro, eu sempre cantei”.

        Seguimos para “E canto com cuidado, até na gravação que eu te mandei” e aí o negócio já começa a ficar pessoal, pois estou citando um áudio de WhatsApp no qual cantei um trecho de “Se Essa Rua Fosse Minha” e o garoto a quem a música é dedicada disse que a ouviu um milhão de vezes (hoje ele já deve ser um homem, mas na época era garoto e não temos mais contato).

        “E desse jeito eu vou cantando para espantar o que eu conquistei” faz alusão ao trecho “Quem canta os males espanta” de uma música da dupla Chitãozinho e Xororó, pois eu já não estava mais junto com o garoto quando escrevi a música, e queria tirá-lo da minha cabeça.

        Quando assisti ao filme das Anavitória, a primeira cena em que Ana Caetano aparece, ela está com a boca tão perto do microfone em que canta que parecia até mesmo estar beijando-o, e eu fiquei com isso na cabeça. Por isso, saindo do cinema, anotei em meu celular “beijo o microfone para gritar alto seu nome” e foi assim que “Canto” nasceu!

        “E eu beijo o microfone pra gritar alto o seu nome eô eô eô e canto como sempre bem como quando era a gente eô eô eô” dá início ao refrão, aí seguimos com “Aquela música que você nem gosta, mas na minha voz não nega, pede e se encosta, se achega e se gruda e eu não fico muda nunca mais”, porque eu gostava muito de cantar de Anavitória e ele não gostava da dupla, mas dizia que na minha voz tudo ficava lindo (parte que até cheguei a escrever, mas não ficou para a versão final), então eu deveria continuar cantando músicas delas para ele. “Canto de novo e de novo e te vejo sorrir um pouco mais” fecha o refrão.

        “Te mandei sair do meu carro e esqueci de dizer que te amo” abre a segunda estrofe e conta sobre um dia que dei carona a ele e fiquei com a frase engasgada na garganta (pois já estávamos separados, fiz bem em não dizer). Ele dizia que não gostava de sertanejo, mas estava cantando Cristiano Araújo a plenos pulmões junto comigo logo antes de eu deixá-lo em casa, e é disso que eu falo no verso: “Enquanto você canta a música do Cristiano, se negando a me falar que é você”.

        “Eu canto, choro, rio, grito, pago mico e às vezes até danço. Tipo naquele dia em que eu chorei no balanço, lembrando e tentando deslembrar de você”. Pois é, chorei em uma feira de exposições da faculdade ao lado de uma amiga nos balanços acolchoados que lá havia, graças a uma aparição dele junto a certas pessoas de quem eu não gostava.

        Depois vem o refrão de novo e a ponte, que diz: “Canta junto, eu paro o mundo pra te ver sorrir. Canta junto, eu canto pra você sorrindo pra mim” e aí fechamos com o refrão mais uma vez.

        Espero que você tenha gostado de saber da história por trás desta música que eu tanto amo, e também que vá ouvi-la, mas, desta vez, de um jeito um pouquinho diferente, já que agora você sabe tudo que motivou a letra.

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