Ontem fui visitar a minha avó em uma cidade perto daqui. Ela, se recuperando de uma intoxicação, está repousando, atividade que é regada a novelas antigas de seu gosto.
Assistimos a um capítulo de “Cobras E Lagartos” e depois
passamos a dois da “Malhação 2012”. Aquela bem famosa, da Fatinha.
Lembrei de quando eu assisti àquela Malhação, em 2013, e
tive de segurar as lágrimas, pois fiquei saudosa com relação à minha
adolescência e tudo o que eu achava que ela ia me trazer.
Eram tantas as expectativas, de viver aventuras e amores
como aqueles que eu via nos filmes e na própria Malhação. Além de se encontrar
e, com 18 anos, já ter a vida resolvida e ser praticamente independente.
A realidade foi bem diferente.
Gosto de lembrar da minha inocência, de quando eu ia ao
colégio pela manhã e gostava daquele lugar, achando que tinha alguma chance de
namorar o garoto por quem era apaixonada, enquanto lia Paula Pimenta e via a
Fatinha dançar ao som do Mc Pilha.
Não me entenda mal, não quero ter 13 anos de novo.
Sinceramente, mal posso esperar pelo que os 25 têm guardado para mim
(esperando, sinceramente, que seja um pouco melhor que os 24 e os 23, mas não
quero ficar melancolicamente reflexiva).
Antes, eu vivia em fantasias e expectativas, hoje vivo a
não concretização delas, o que, inevitavelmente, já carrega um pouco de
tristeza para a minha realidade e meus escritos, mas não me permito abater
completamente (um pouco sim, afinal, lágrimas me vieram aos olhos).
Ainda tenho esperança de que conseguirei ser independente
e bem-sucedida como sempre sonhei, talvez não aos 18 anos, mas aos 30; e também
que vou encontrar um rapaz que permitirá que eu viva cada um dos clichês
adolescentes que não tive a oportunidade de experienciar quando estava na idade
apropriada, mas o coração pode voltar dez anos no passado em um piscar de olhos
se tiver a chance.
Talvez eu não tenha tido a adolescência dos meus sonhos,
e volta e meia me pergunto o que aconteceu com o tempo, que parece até que me
foi roubado, mas ainda posso muito bem ter uma vida adulta de se invejar.
A chance é pequena, eu sei, mas estou trabalhando para
isso e me reconstruindo, colocando de volta as peças para que possa encontrar
tudo que perdi e ser de novo aquela menina apaixonada, que acreditava em um
amanhã melhor, tanto para ela quanto para o mundo.
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