Eu não desejo o mal a você, muito pelo contrário, desejo tanto bem que você possa clarear suas ideias e perceber o quanto o que fez (ou ainda faz) é horrível.

Você sendo ou não uma pessoa real, foi uma pessoa terrível, tóxica em vários níveis e só se salvava pelas aparências (sorte ou uma jogada de mestre?).

Qual é a graça em brincar com os sentimentos dos outros? Não foi a primeira vez que fui magoada, mas foi a mais estranha (e rápida).

Tive vinte e cinco anos de histórias tristes ou até mesmo tediosas na minha vida emocional, e aí eu penso: “o azar acabou, não é? Já está no tempo de alguma coisa boa acontecer e, de preferência, que seja duradoura”.

Mas, a cada vez que abro o meu coração novamente e quebro a cara no final, estranhamente não me sinto impelida a esconder meus sentimentos e criar uma barreira em meu coração, como a maioria das pessoas faz. Não, eu choro, converso sobre e sigo para a próxima, com sempre o mesmo pensamento esperançoso: “desta vez vai dar certo”.

Nunca dá.

Obrigada por ser apenas mais um na minha lista deste ciclo interminável, no qual termino culpando o Universo e não achando justo o que a sorte faz comigo. Claro que isso está errado. Autopiedade nunca fez qualquer favor a ninguém, e reclamar não vai mudar a minha situação.

Mas ficar dando murro em ponta de faca é cansativo.

Por ora, vou recolher-me à minha solidão de sempre, aquela que fica esperando que algo que vá mudar minha vida bata à porta, mesmo que a probabilidade seja ínfima (minha mãe joga na loteria, por que eu não posso querer contar com a sorte do meu próprio jeito?).

Enquanto faço comparações com as vidas dos outros que sempre parecem estar muito melhores que a minha (claro que sei que todos têm seus problemas e que a perfeição das redes sociais é uma ilusão, mas a comparação é inevitável), por dentro, continuo com aquela pequena chama, de algum dia esse jogo virar.

Você me fez acreditar, por um momento que fosse (porque eu sabia que a situação não era das melhores, você era, ou fingia ser, uma pessoa tóxica), que eu finalmente teria o meu respiro emocional e meu coração teria um peito para descansar.

Isso é tão necessário assim? Preciso disso?

Não, mas mentiria se dissesse que não quero (coisa da qual tentei me convencer por muito tempo).

Daqui a alguns meses vou rir desta história, então obrigada pelo entretenimento, e espero do fundo do meu coração que seu comportamento não se repita com outras pessoas. 

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